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Besouro Mangangá


Besouro Mangangá era o apelido de capoeira de um baiano de Santo Amaro da Purificação chamado Manoel Henrique Pereira, que viveu entre 1897 e 1924. Nunca teve uma profissão certa, mas era muito popular na cidade por suas extraordinárias habilidades na capoeira, que teria aprendido de um tio. O apelido, Besouro, surgiu da comparação de suas habilidades com a capacidade improvável do besouro de voar apesar de seu pesado exoesqueleto.
Entre as lendas a respeito do mestre, diz-se que ele tinha a capacidade de desaparecer. Mas o que é fato é que Besouro era conhecido por ter “corpo fechado” (expressão usada no Candomblé para designar pessoas protegidas por alguma de suas entidades) e, principalmente, por não ter um bom relacionamento com a polícia.
Após sua morte, em 1924, a memória de Besouro passou décadas restrita à comunidade negra e dos capoeiristas. Somente em 2007, uma placa em sua homenagem foi colocada na Santa Casa de Misericórdia de Salvador, local onde Besouro faleceu, aos 27 anos.

Há muito poucas publicações sobre a vida de Besouro. Uma delas, o livro “Feijoada no Paraíso – a saga de Besouro, o capoeira”, de Marco Carvalho, inspirou o diretor João Daniel a escrever o roteiro de seu filme. O personagem também é citado no livro em Mar Morto, de Jorge Amado, como “o mais valente dos negros do cais de Santo Amaro”. A maior parte do conhecimento público a respeito dele, porém, é perpetuado pelas músicas que falam a seu respeito, comuns nas rodas de capoeira há 80 anos.

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1 comentários:

Unknown disse...

Fico muito feliz em saber q um personagem como besouro é lembrado sauve a mãe África

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